quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Deus dá frio conforme o cobertor


Desde já, deixo claro o meu ateísmo. Mas não é porque deus passou a ser escrito em caixa baixa nas páginas de minha biografia que eu não posso citá-lo com a propriedade de quem, por tantos anos, o teve em um altar (literalmente).

Nasci em uma família calorosamente católica e o título deste texto era sempre dito em momentos difíceis. Junto a uma grande bagagem religiosa - e as palavras que pesavam mais na minha conciência do que no livro com capa de couro -, aprendi histórias prontas de quem já passou pela vida. É como um combo de experiências, sabe?! Junto à instrução: "pessoas inteligentes de verdade, aprendem com os erros dos outros". Sou bom entendedor. Bastou.

Bom... é só ouvir os mais velhos?!

Bom... não!

Infelizmente, ninguém conseguiu me blindar dos sofrimentos da vida. Sofrimentos proporcionados, muitas vezes, pela perda de quem sustentava a minha vida, meus alicerces, aqueles que me ensinavam a ser forte. 

Ventou. 

Fez frio. 

Meu sistema imunopsicológico não aguentou e a capa de couro do tal livro já não me esquentava mais. 

Um abraço amigo me aqueceu.

Hoje, o provérbio voltou a fazer sentido. Sem deus; sem cobertor. Só com a certeza que a minha luz emite calor suficiente para atrair um abraço... e fazer o frio tremer.



Texto do @rafa_brunoDQD para uma amiga muito especial. E faço questão de fazer parte desse abraço amigo. Não só um mas quantos forem necessários. Força, Ci!

de novo...

Muitas vezes você se pega pensando que falta alguma coisa na vida. Muitas vezes essa tal coisa é algo que você mesmo se forçou a deixar pra trás.

Porque alguns seres humanos sentem essa pressão em desistir? Traumas? Medo do desconhecido?
Eu voto no medo do 'de novo'.
Sofrer de novo, acreditar de novo, construir de novo tijolinho por tijolinho o castelo da confiança, se decepcionar de novo, errar de novo, chorar e chorar de novo e de novo.

Não é fácil se permitir acreditar que o que passou ficou realmente enterrado e você não sofrerá um ataque zumbi do medo ressucitado durante um vacilo.

Dói ver o que você um dia quis fazer dar certo ir embora e ter total consciencia que só você foi o responsável por isso. Dói imaginar que você pode fazer alguém sofrer sem intenção e o remorso é um dos piores sentimentos do mundo. Dói querer ter sem saber o que pode vir junto com o amanhã. Dói pensar que o de novo não aconteceu com você mas você fez existir na vida de alguém.

As vezes é melhor assumir as paranóias e seguir aquele velho caminho pisado do "não tentei, de novo".

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

And the reason... let it behind.

Acredito que a vida seja dividida em milhões de fases e nem sempre sabemos se estamos preparados ou não para encará-las. Assim como um jogo que você passa por fases difíceis até chegar ao final é a nossa existência no mundo. Algumas você vai perder, outras se arrepender e as vezes até amar. Tudo depende da sua vontade de seguir em frente e apertar o continue. Nada pode ser tão dificil a ponto de não ter um desfecho. Cabe a você escolher qual caminho tomar... Fuçar não resolve a vida, não faz você dar um passo a frente e sim 10 para trás. Fuçar onde não deve alimenta aquele bichinho da raiva que ataca o estômago e, de propósito, te faz pensar coisas que sequer sonham em existir.

Nem sempre estamos preparados pra dar 1 passo a frente e, as vezes os 10 passos atrás se fazem tão necessários que parece que o mundo girou ao contrário só pra você ter esses 11 passos a dar para ter um novo começo positivo.

Mentes férteis e inquietas teimam em adivinhar pensamentos alheios, encontrar respostas quando nem existem perguntas e fantasiar situações que nunca sonharam em se materializar.

É hora de parar. Ocupar a mente com poesias e contos não resolve a vida e tampouco deixa leve as toneladas de neuroses espalhadas em cada célula do seu corpo. Pense no céu azul, no mar verde, no canto dos pássaros. Deixe seu coração enxergar o mundo e não dê explicações razoáveis para algo que não precisa de razão e sim de sentimento.
Sinta a poesia da vida, do vento, sonhe, inspire...

A razão... tem horas que é melhor deixá-la pra lá.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quando você sente saudade.

Saudade é uma palavra que define aquele nó na garganta, aquele vazio no peito e aquela ausência do alvoroço das borboletas no estômago.
Muitas vezes sentimos saudade de quem não merece, de quem já se foi, de quem ainda nem chegou, do desconhecido.
Saudade não é só sentir falta. É sentir doer a falta. Sentir que o mundo é grande demais sem um abraço.

Saudade das coisas que não voltam. A infância, o primeiro beijo, o primeiro amor, o colo da tia que já se foi.

Saudade daquilo que você nunca teve, do inacabado, do nem começado, da lembrança, daquela música. Saudade é inevitável, é automática, é incontrolável.
Pra sentir basta você existir.

Chega de Saudade