terça-feira, 13 de março de 2012

Quando a vida te dá sinais...

Eu acredito muito em sinais.
Aliás, diria que acredito DEMAIS em sinais.
Podem ser sinais do divino, do destino, do raio que o parta. Eu sempre vou acreditar nos malditos sinais.

Desde que me conheço por gente sempre que vou fazer algo (que geralmente termina em alguma cagada) sinto aquele desespero intenso que dá vontade de voltar pra casa correndo e me esconder debaixo do edredon até tudo passar. Se não desisto: BATATA! VAI DAR MERDA! Eu não escutei os sinais e vou me ferrar.

Não sei se a loucura chegou ao ponto de acreditar em todos os sinais. As vezes nem era mesmo aqueeeeele sinal. Será que esses sinais não são simplesmente um auto-boicote ? Você mesma querendo, lá no fundo, que tudo dê errado mesmo, só pra poder dizer de boca cheia: "NADA DÁ CERTO COMIGO" e que "O MUNDO CONSPIRA CONTRA MIM", já que reclamar da vida é uma arte que você domina mais que respirar e colocar um pé na frente do outro.
Qualquer psicólogo diria que tudo isso tem a ver com um trauma de infância que persiste em existir até hoje porque você não "fechou a porta" pros fantasmas do passado (bullshit). Eu prefiro acreditar que meu sexto sentido é competente demais pra ser ignorado e que o alarme de incêndio sempre dispara por precaução. Como diria minha mãe: "Onde há fumaça há fogo". Se não há fogo, pelo menos é uma simulação de incêndio que, realmente, não deve ser ignorada.

Quando a vida te dá sinais... o que você faz?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Começo. Meio. Fim. (por Lívia Santos)


Trilha para esse post: Florence + The Machine "Shake It Out": http://letras.terra.com.br/florence-and-the-machine/1964380/traducao.html

Tudo na vida tem um começo, meio e fim.

O começo: é lindo, cheio de surpresas, alegria, momentos de puro entusiasmo. É a descoberta, o caminho novo que se abre. É a oportunidade, as borboletas no estômago. É a novidade que nos deixa radiante. É a espera na janela, o telefonema, o cuidado, o detalhe. É o toque, a sensação, o arrepio. É a possibilidade do que não foi outrora e de que pode ser (mais) dali pra frente. É a (nova) promessa. É o "tudo que eu sempre quis e agora eu tenho". É a visão do arco-íris...tudo colorido na vida!

O meio: é a aventura, o desafio do dia a dia. É a presença, seja como for. É a descoberta, mas dessa vez, em doses homeopáticas e que alimentam o próximo, e o próximo, e o próximo dia. É o contato, cada vez mais próximo. É a felicidade de mais uma etapa, mais dia, mais uma hora, mais um segundo. É a saudade cotidiana. É conciliar, de pouco a pouco, as histórias. É compartilhar. É crescer e descobrir, juntos. É o gostinho bom de cada dia. 

O fim: é a falta imediata. É a despedida dos desejos, das expectativas, dos sonhos. É a lembrança. É a perda...de tanta coisa. É a dor, a angústia, o nó na garganta. É a nova realidade que se aproxima. É a conta que não fecha mais. É o silêncio. É o conforto da cama, lugar onde não se quer mais sair. É a lágrima que escorre...repetidamente. É o peito apertado. É a negação. É a reclusão. É a saudade..eterna.

Como eu disse lá em cima: tudo na vida tem um começo, meio e fim, estejamos preparados ou não. Como pra bom entendedor meia palavra basta, só me resta dizer que o amor não acaba, não some, não desaparece. Ele passa por mutação, se transforma, se revigora, encontra sua nova forma e se mantem (ou não - em alguns casos).

Assim como diz uma certa música que, assim como muitas, dizem por mim: "nem tudo que acaba, tem final".